Amor, mudanças e
incertezas!
Daí eu me pego
pensando tanto no amor. Eu me vejo pensando em aforismos, mas, na verdade,
talvez, eu esteja sendo levado ao puro sofismo.
Quero pensar que
"só o amor com sua ciência nos torna tão inocentes". Mas ao
mesmo tempo coisas que a gente não vê, deixam claro que boa parte das nossas
escolhas é consequência de forças que atuam muito longe do alcance da nossa
consciência.
Hoje eu vi que coisa rara é viver. Porque existem muitas pessoas que apenas existem. Aliás, vejo isso há tanto tempo que estou começando a acreditar em utopias.
Quero mudar. Na verdade eu preciso, mas mudar também requer causar dores nos outros, ferir quem eu amo e no fim atingir eu mesmo. Tudo é incerto. É como andar em um caminho escuro sem muros para se apoiar ou tentar alçar vôos sem ter asas.
Como seguir
adiante sem mesmo saber aonde se quer chegar? Como encarar a vida se, às vezes,
quero deixar de vivê-la? O que fazer quando a decisão só cabe a você e ninguém
mais? Talvez seja chegado o momento de dizer que não tenho mais forças. Ou
seria o tempo de dizer que seguirei em frente doa a quem doer?
Engraçado viver dicotomias, desencantos e devaneios loucos em meio à multidão que passa e nada faz.
Sofrer esta cada
vez mais comum. É tão útil como o sopro do ar dentro dos pulmões ou mais
simples e cotidiano que o andar. Vida o nome disso...
Um comentário:
É, meu amigo, viver anda complicado demais. Amor virou artigo de luxo, que habita quase exclusivamente as vitrines dos livros, das canções, dos filmes. Eu também não consigo simplesmente não pensar nisso... e pensar muitas vezes é um exercício doloroso, desesperador. A sua questão é indecidível: desistir ou prosseguir, doa a quem doer (em geral a nós mesmos? Não sei se há lados certos ou errados nessa coisa de amar, sei apenas o que desconfio: há muita gente falando de amor, e amando pouco, ou nada. Há muita maldade crescendo no mundo e no coração das pessoas.Plagiando a novidade do facebook: Denise - se sentindo um tantinho desencantada! Beijos e parabéns pelo belo e inquietante texto.
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