ALVORADA AMETISTA
Quisera eu poder amar-te como almejo.
Seu egoísmo de amar a solidão me impediu.
Por mais que eu queira amar-te por completo, sua essência sempre me ofereces o resquício, o despojo e o desalento.
Sabias eu do desespero e da eloquência de querer-te aqui para sempre.
Viver um sentimento que não é uno importa sofrer a doença dos apaixonados, a cegueira dos que enxergam e a loucura dos ébrios.
Sempre pensei que o resplandecer de cada novo amanhecer só seria banhado com a plenitude de um sol terno se fosse ao seu lado.
A mais bela alvorada ametista nunca seria capaz de suprir sua falta.
Amar é sentir no peito a felicidade plena. Sentir no corpo o calor de um abraço. Sentir nos lábios o gosto de um beijo.
Eu te quis, mas você não permitiu querer-te.
Seu egoísmo de amar-te per si impediu que nos amassemos.