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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Sabonete!
Sozinho encostado perto da torneira... Assim ele pouco valor agrega.
Quando o toco parece estar cheio de algo que há muito não sinto: tuas curvas sedosas envoltas em penumbra que não mais me presencia.
Ele carrega os momentos alucinógenos que juntos vivemos. Quando em minha loucura por ti, minhas mãos percorriam tão belo corpo ensaboando sua pele macia e doce.
Teu cheiro ainda sufoca a essência do sabonete, se fazendo perceber como que único e impagável, exalando e percorrendo por todo o chão dourado da casa vazia por não ter-te mais.
Elo: isso que não mais tenho de ti, mas que vislumbro ao lembrar-se de nossos banhos demorados, onde a pele mais limpa sempre carecia de novos ensaboares.
Tal como a terra seca carece de água, eu por ti suspiro em frente a um lago cujas águas secaram com tua partida.
Só me resta o sabonete... E as lembranças desejosas de um novo amanhã junto a ti!